Relatos da Tai
  • Início
  • Artigos
  • Sobre
  • Galeria & Dicas
  • Contato
28 de abril de 2019 por Tainá

Bonjour, Paris

Bonjour, Paris
28 de abril de 2019 por Tainá

Chegamos ao assunto preferido entre os intercambistas. O ponto auge de morar no exterior e, talvez, o que define o sentido do próprio intercâmbio: explorar novos lugares, conhecer outras culturas, experimentar nova culinária, aguçar o ouvido para outros idiomas, pisar em lugares até então só vistos em filmes ou em páginas de livros e se tornar um observador do mundo. É aí que mora o perigo. O tal do bichinho viajante morde até os menos aventureiros e a gente vicia em pesquisar passagens aéreas e a idolatrar as páginas de um passaporte carimbado.

A partir desse ponto é que a mágica acontece, sonhos se realizam, coleções de cartões postais e imãs de geladeira ganham força e espaço enquanto a felicidade vai sendo preenchida ao ver o checklist de países aumentar pouco a pouco. Isso sem falar quando você vira referência para dar dicas de viagem. É plenitude que fala, né?

Não sei a condição financeira de vocês, mas conhecer o mundo só se tornou palpável para mim depois de encarar o intercâmbio. Viajar para o exterior era uma realidade bem distante. Tanto que a minha primeira viagem internacional já foi de malas prontas para fixar moradia, como vocês já sabem, aqui em Dublin. E é tão gratificante perceber que o suado dinheiro de um trabalho informal te banca naquela sonhada trip e te faz um verdadeiro contador de histórias.

Para os que não sabem, aqui na Europa existe a benção das companhias de low cost (baixo custo), onde é possível comprar passagem aérea por vinte euros em preço normal e, algumas vezes, as tarifas promocionais podem custar dez euros ou até menos. Guardadas devidas proporções, muitas vezes é mais barato viajar entre países aqui no continente europeu do que pagar passagem do sudeste para o nordeste no Brasil. Imagina você conhecer Paris, Londres ou Roma por trinta euros ida e volta. Foi o que eu fiz. Na primeira oportunidade, me aventurei em territórios franceses marcando o meu ponto de partida fora da Irlanda. É a tal da viagem dentro da viagem. E se eu parar para reviver esses dias, consigo acessar as emoções que me tomaram conta ao me deparar com a potência simbólica da Torre Eiffel. Aqui se encaixa facilmente a expressão “virei criança”. Lembro da sensação de ter respondido plenamente um “bonjour” pela primeira vez a um estranho na rua, o que me gerou crises internas de riso solto.

Paris foi uma aventura, em alguns aspectos. Viajei sozinha por três dias, com um inglês até comunicável, mas de que quase nada me serviu pois eu estava justamente no país onde as pessoas odeiam falar inglês. Não tinha internet no celular, então antes de sair do hostel eu precisava checar tudo nos mínimos detalhes como chegar a tal lugar. Obviamente me perdi algumas vezes. Minto, várias. Quando achava um Mc Donald ficava do lado de fora para captar o sinal wifi para poder me localizar de novo. Essa viagem me marcou como uma das melhores aventuras rumo ao desconhecido considerando uma primeira viagem na minha única companhia pela Europa em uma capital nas proporções de Paris.

A partir de então foram 19 países, 42 cidades e muita história para recordar. Tudo isso em menos de três anos. A propósito, se você está se perguntando o porquê de quase o dobro de cidades em relação aos países, a resposta é: tive o privilégio de rodar a Itália inteira de carro passando por 15 cidades (confira o post aqui).

Por essas e outras que algumas pessoas protelam tanto a volta, alguns realmente não retornam mais. E pra mim ficou muito claro desde o bonjour em Paris: um mundo de possibilidades se abre no nosso horizonte ao sair da zona de conforto e voltar ao que era antes pode ser uma missão quase impossível.

 

 

Artigo anteriorAos intercambistas de primeira viagemPróximo artigo Mudanças pós quarentena: decretos particulares

Sobre

Todos os artigos são autorais, feitos com base nas minhas experiências pelos diversos lugares por onde passei, durante a minha divertida trajetória como viajante.

Posts recentes

Recalculando a rota: por que escolhi morar em Lisboa?7 de novembro de 2020
Visite três regiões de cliffs na Irlanda28 de outubro de 2020
Confira três castelos imperdíveis na Irlanda28 de agosto de 2020

Categorias

  • Autoconhecimento
  • Cotidiano
  • Dicas & Recomendações
  • Viagem

Tags

africa Alemanha aprendizado bavária cat café cat lounge cat lovers cultura deserto devaneios Dublin esqui estrada felinos Festival garmisch hausberg Intercâmbio Irlanda itens da mala Itália Lado B marrakech marrocos medina Munique oleo de argan o que levar permanencias por do sol portasdomarrcos quedas questionamentos resistências Rio de Janeiro Saara sahara shamrock St Patrick's day 2018 tempo tradição travessias trevo trip viagem

Sobre

Todos os artigos são autorais, feitos com base nas minhas experiências pelos diversos lugares por onde passei, durante a minha divertida trajetória como viajante.

Posts recentes

Recalculando a rota: por que escolhi morar em Lisboa?7 de novembro de 2020
Visite três regiões de cliffs na Irlanda28 de outubro de 2020
Confira três castelos imperdíveis na Irlanda28 de agosto de 2020

Categorias

  • Autoconhecimento (2)
  • Cotidiano (6)
  • Dicas & Recomendações (6)
  • Viagem (10)

Blog Membro

Copyright © 2020 - 2021 | Todos os direitos reservados.

Artigos

Todos os artigos são autorais, feitos com base nas minhas experiências pelos diversos lugares por onde passei, durante a minha divertida trajetória como viajante.

Posts recentes

Recalculando a rota: por que escolhi morar em Lisboa?7 de novembro de 2020
Visite três regiões de cliffs na Irlanda28 de outubro de 2020
Confira três castelos imperdíveis na Irlanda28 de agosto de 2020

Categorias

  • Autoconhecimento
  • Cotidiano
  • Dicas & Recomendações
  • Viagem