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22 de junho de 2020 por Tainá

Intercâmbio e História: Por que existem duas Irlandas?

Intercâmbio e História: Por que existem duas Irlandas?
22 de junho de 2020 por Tainá

É comum falar da Irlanda como um país amigável para imigrar, um destino escolhido por muitos intercambistas para aprender inglês. Mas poucas pessoas sabem a história por trás da divisão da Irlanda, ou se perguntam: por que existem duas Irlandas e desde quando? Existe diferença entre elas?

Senta que lá vem história

Há muitos e muitos anos, acredita-se que por volta de 3000 a.C., a Irlanda tenha sido habitada por povos de origem Celta (de onde vem o idioma gaélico presente ainda nos dias de hoje).

Com início da era cristã, a religião céltica era considerada pagã e a população irlandesa foi cristianizada. Inclusive um importante nome ligado à Irlanda é o responsável pela difusão do catolicismo: o padoreiro santo Patrício, o famoso St Patrick. Por conta dessa imposição, a partir do século V d.C., o catolicismo ficou muito forte e presente na Ilha.

Passando pela dominação dos Vikings em um período da história, invasão dos povos normandos até a dominação britânica passaram-se alguns séculos. Dando esse salto na história, os conflitos se intensificaram na era medieval com o estabelecimento da Igreja Anglicana na Inglaterra e a Reforma Protestante no século XVI.

Diferenças religiosas na divisão da Irlanda

Alguns irlandeses, agora de maioria católica, se revoltaram com a imposição do protestantismo gerando um racha no país. Esses conflitos de cunho religioso esbarrararam em questões político-ideológico que foram os pontos fundamentais que fizeram a Irlanda se dividir anos mais tarde. Ao norte da Ilha concentraram-se movimentos aliados ao protestantismo e no centro-sul, a parte católica.

No entanto, talvez o ponto chave para divisão da Irlanda tenha sido o período de três anos da Grande Fome (1845-1849) em que um tipo de praga agrícola acabou com a produção de batata, principal fonte de alimento. Esse fato gerou uma emigração em massa, reduzindo a população irlandesa drasticamente. Diante dessa situação delicada, a hostilidade e omissão britânica fez crescer ainda mais movimentos nacionalistas.

Reconhecimento de um país autônomo

Em 1921, após sucessivos combates e guerras pela independência, a Inglaterra assinou um acordo reconhecendo a Irlanda como país autônomo. A partir de então, apesar de não ter nenhuma fronteira física, ficou delimitado uma pequena região ao norte da Ilha que estaria ainda submetida ao Reino Unido: a Irlanda do Norte. Um país à parte, onde Belfast é a capital, aparentemente de maioria protestante e de uso da moeda libra esterlina. A República da Irlanda ficou com a maior parte do território da Ilha Esmeralda e a moeda é o euro.

No entanto, as duas partes da Ilha continuaram a protagonizar conflitos mesmo após a independência da República da Irlanda. A exemplo do dia que entrou para história como o bloody sunday (domingo sangrento) em 1972. Nesse episódio 13 pessoas morreram em um confronto entre protestantes e católicos no território da Irlanda do Norte. Um fator concreto que demonstra esse racha em tempos contemporâneos é a construção do muro de Belfast, no final dos 60, na tentativa de dividir católicos e protestantes.

Desde então, de tempos em tempos, surgem debates sobre uma possível unificação e retorno a um único país, mas parece longe de tornar-se realidade tendo em vista os resquícios de anos de conflito.

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